Imagine, então que tudo começa pelo começo querendo saltar aos olhos da vida, querendo viver antes de morrer… posto isto…
Era uma vez alguém! Parecia que vivia aqui e ali, sussurrando nas beiras do mundo, misturando-se com as bermas da estrada. Mas, qual nada! Vivia mesmo era aqui, entre as coisas que só o espírito em sossego pode contemplar. E queria ser algo mais, cada vez mais, cada dia mais. E sonhava que a vida podia oferecer aquele mais, aquela coisa poética que surge de entre nadas gerais, que se singulariza quando a vida é vida, quando o sangue corre nas veias como não corre em lado nenhum para além deste.
Então, “vice-versou “ as coisas do mundo e lá estavam as bermas da estrada misturando-se consigo, com suas ideias que nascem, que escorrem, que correm… é isso! As coisas correm como segundos, como primeiros também… e sai daí um texto, uma luz, até mesmo uma vida entre as vidas todas. Publicitamos quereres, desgastamos palavras, soletramos pensamentos e desejos que não saem dos escombros de mentes atribuladas em meio às horas que passam sem que muitos de nós saibamos captar aquilo que realmente faz-se aqui.
Aqui somos algo que quer estar em outra parte… aqui fazem-se estradas tão grandes que, de olhos abertos, não seriamos capazes de percorrer. Aqui soletramos aquilo que, antes, já foi escrito. E somos ideias quaisquer de coisas transcendentais. Aqui estamos destinados a aprender “sabedorias” destas que jogamos pela janela, como se “lixo” fosse para se colocar fora do contentor.
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